Nada menos do que 45% da população brasileira está presente nas mídias sociais, segundo dados da pesquisa Digital In 2016, da We Are Social. O país é líder em tempo gasto nestas plataformas, com 650 horas/mês dedicadas a canais como Facebook, LinkedIn, Twitter e G+, entre outros (dado do levantamento Digital Future Focus Brazil, da comScore).
Com tanta adesão de público, as redes sociais são plataformas de participação obrigatória para as empresas, representando ambiente propício para a comunicação, fortalecimento de marcas e vendas: estudo do Sebrae e E-commerce Brasil mostra que as páginas de relacionamento foram citadas por 72% dos entrevistados como o principal canal para concretização de vendas online, deixando os sites de busca em segundo lugar, com 68%.
Um potencial que as companhias já notaram e começaram a aproveitar. Outra pesquisa do Sebrae atesta que 36% das empresas brasileiras têm perfil em ao menos uma rede social, enquanto relatório da Avanade indica o Facebook como a plataforma mais utilizada, com 75% das adesões, seguido por Twitter (49%) e LinkedIn (47%).
Ou seja, estar fora das redes sociais é deixar espaço para a concorrência e perder oportunidades valiosas de interação com os públicos-alvo. Canais amigáveis para a comunicação fluida e instantânea, estas mídias propiciam às marcas não apenas veicular suas mensagens, falar unilateralmente, mas também e principalmente receber feedback dos interlocutores, por meio de comentários, likes, compartilhamentos e mensagens.
Um recurso que vale ouro: para qualquer empresa, saber o que seu público pensa e como interage com cada produto, serviço, promoção, ação de marketing, mensagem de marca é fundamental para avaliar a repercussão e os impactos gerados. O retorno do público permite avaliar o conteúdo, a forma, o canal e os resultados de cada ação, colhendo dados que possibilitarão melhorar não só a comunicação da marca, mas também os produtos e serviços comercializados, adequando tudo às demandas do consumidor, o que aumenta o nível de assertividade, satisfação de necessidades e desejos e, por conseguinte, as vendas e a fidelização do comprador.
Em outras palavras, a presença corporativa bem gerida nas redes sociais abre canal para que a empresa fale com seus públicos e os ouça, recebendo deles indicações sobre o quanto seus produtos, serviços e conteúdos agradam ou desagradam, quais são as demandas que não estão sendo atendidas (latentes), que mudanças e melhorias os usuários propõem, qual a forma correta de agir, produzir e comunicar para satisfazer o cliente.
Não à toa, o Gartner, uma das mais respeitadas consultorias globais de pesquisa de mercado, aponta as redes sociais como uma das “quatro forças convergentes” para o futuro da tecnologia e dos negócios. Tais plataformas reúnem informação com contexto, interligam usuários e marcas de forma interativa e colaborativa, possibilitando moldar empresas, discursos, processos, produtos e ofertas ao sabor dos interesses declarados do mercado. Não é preciso adivinhar ou fazer grande esforço de busca: os dados estão ali, expressos em comentários e mensagens diretos, prontos para serem ouvidos, acatados e utilizados na melhoria do relacionamento entre marca e consumidor.
Para empresas de qualquer setor, não ter perfis nas mídias sociais é um erro. Estar presente nestas redes sem estratégia planejada e executada por profissionais capacitados é outro, ainda mais grave.
A presença corporativa em mídia social requer comunicação estudada e definida a partir das características e objetivos de cada empresa a cada momento de sua estratégia de negócios. É preciso alinhamento entre comunicação e gestão empresarial, pois o motivo da participação nas redes é fomentar relacionamentos positivos com o cliente, o que, no fim, deve resultar de diversas formas em vantagem para os resultados comerciais.
A assessoria em mídias sociais, seja feita por um profissional capacitado contratado pela própria empresa ou por agências terceirizadas especializadas, é primordial para garantir tais resultados. A produção de conteúdo, estudo da linguagem utilizada, gestão de publicações, gerenciamento do relacionamento com o consumidor, definição de ações proativas e reativas, administração de feedback e atuação em casos de crise são tarefas a serem executadas com perícia, sempre com foco no objetivo maior: enriquecer a experiência do consumidor com determinada marca, fortalecendo seu nome no mercado.
Os resultados de atuação bem feita em mídias sociais são reais e mensuráveis. A Altimer Group e a Wetpaint analisaram as 100 empresas mais valiosas do mundo, apontadas pela Business Week, e descobriram que as que investiram em redes sociais tiveram crescimento médio de receita de 18% em 12 meses, enquanto as que não o fizeram ou se mostraram pouco engajadas nestes canais registraram queda de 6%, em média, no mesmo período.
Outro relatório, este da consultoria McKinsey mostra que, nos EUA, 70% das empresas usam tecnologias sociais e 90% delas relatam benefícios para os negócios depois da implementação de estratégias planejadas de atuação nestes canais, com potencial de agregar valor adicional de US$ 900 bilhões a US$ 1,3 trilhão (resultado grupal) por ano.
Mais do que visibilidade, a atuação bem gerida nas mídias sociais traz credibilidade. Marca bem-sucedida é marca lembrada, valorizada, creditada e engajada com seu público.
Escrito por Gláucia Civa Kirch (*)
(*) Jornalista especializada em comunicação empresarial, gestão de mídias sociais e comunicação integrada, e diretora da Capital Informação, Assessoria e Consultoria em Comunicação.
http://portal.comunique-se.com.br/artigos-colunas/82185-midia-social-para-empresas-nao-e-opcional-e-obrigatorio
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