Não é surpresa ou novidade para ninguém que as redes sociais têm forte influência nas nossas vidas cada vez mais, através de diversas ferramentas e plataformas que estão presentes em nosso cotidiano. Essa realidade não seria diferente no mundo político. Nesse texto, vamos te ajudar a entender a dinâmica das redes sociais para políticos, assim como quais as tendências para 2022.
Veja como a tecnologia e o mundo digital podem favorecer e auxiliar na sua carreira!
O que podemos esperar?
É impossível ignorar as redes sociais em uma estratégia de marketing digital para políticos. Essas plataformas permitem uma interação rápida e eficiente entre o candidato e seus potenciais eleitores. Além disso, trata-se de um excelente canal para receber feedbacks, analisar adversários, fortalecer sua imagem e aumentar sua presença digital.
Nossa equipe preparou algumas possíveis tendências das redes sociais em 2022 aplicadas à esfera política.
Conteúdo em 24 horas
Já estamos acostumados com conteúdos que ficam até 24 horas disponíveis para acesso, como exemplo do storie do Instagram, Facebook e Whatsapp. É um formato que a cada dia toma mais força, podendo superar até mesmo o modelo de postagem no feed (em que a postagen não desaparece após 24 horas, mas sim permanece ali) do Instagram e Facebook.
Invista sem medo nessas ferramentas! Elas são perfeitas para um contato mais informal sobre as atividades do dia a dia e mais eficazes quando buscamos interação com o eleitorado, podendo contar com funcionalidades como enquetes, gifs, memes, entre outros.
É necessário estar muito atento às postagens, pois apesar de ser um local informal, é preciso que sua comunicação ali esteja alinhada a imagem que você pretende construir. Um deslize em um storie de 15 segundos pode deixar marcas em sua imagem.
Confira nosso post sobre como construir e manter um relacionamento com o eleitor.
Vídeos - Os mais consumidos da internet
Este recurso parece estar em todas as tendências de marketing digital e não é sem motivo.
De acordo com o site Cisco, em 2020 por volta de 75% do tráfego de acesso à internet pelo celular foi para assistir vídeos.
As lives ao vivo através de vídeo pelas redes sociais também tende a criar cada vez mais força, colaborando em mais entrega e engajamento. Em 2020 teve grande força e influência nos eleitores, devido à pandemia e as restrições de aglomerações para evitar a propagação do coronavírus.
Devido ao fato de a live não ter edição, é uma forma de gerar conteúdo que se aproxima ainda mais do público alvo. Uma forma de o telespectador se sentir realmente próximo e sem filtros, inclusive por poder interagir em tempo real através de chat.
Existe uma infinidade de conteúdos sendo produzidos a todo momento e ganhar a atenção do usuário fica cada vez mais difícil com toda essa concorrência. Por isso é interessante investir em vídeos curtos, que podem ser feitos até mesmo por celulares, dependendo apenas de acesso à internet, sem nenhum custo adicional.
Escolha a rede social de acordo com seu público
A tendência é que o público de pessoas de meia idade e idosos (entre 45 e 74 anos) se torne cada vez mais presente nas redes sociais.
Um exemplo é o próprio Facebook, em que a maior parte do público jovem já não utiliza com tanta frequência e quase metade dos usuários têm mais de 65 anos.
Apesar de ter perdido um pouco da sua popularidade, algo que está ganhando força são as chamadas 'comunidades' através dos grupos do Facebook, onde um nicho de pessoas com interesses em comum num determinado assunto batem papo, debatem e trocam ideias sobre aquele assunto. As pessoas que estão ali interagem entre si através de postagens e comentários, fazendo com que a conversa flua.
Já para o público jovem, que está sempre em busca de novidades, uma rede social para ficar de olho é o Instagram e seus conteúdos mais ágeis, incluindo vídeos e fotos rápidos através dos stories ou reels.
Vale a pena pesquisar mais sobre e ficar de olho para aplicar da melhor forma no seu marketing pessoal em cada faixa etária de eleitores.
Influenciadores digitais: para política não!
Apesar de não ser nenhuma novidade, os influencers ainda estão em alta. Essas pessoas têm um poder de alcance e engajamento alto nas redes!
Mas fique atento: não é permitido o uso de publicidade paga em campanhas eleitorais através de influenciadores digitais. Eles podem funcionar como uma inspiração para você poder conseguir maior alcance nas redes, mas não podem ser veículos para transmitirem seus ideais políticos durante as campanhas!
Conteúdo gerado por usuários - UCG
A premissa do marketing nas redes sociais é o relacionamento. Uma maneira eficiente é fazer do usuário um protagonista através do UCG (User Generated Content), ou em português Conteúdo gerado por usuários. Qualquer conteúdo produzido espontaneamente por seus seguidores, para sua marca, produto, serviço.
O conteúdo gerado pelos próprios usuários vem ganhando espaço. Trata-se de publicações feitas por seu público sobre seu perfil. Compartilhar esses conteúdos é rápido e prático, gera maior credibilidade sobre sua imagem, além de receber feedbacks sobre sua atuação.
IGTV - A televisão vertical
Alinhado à tendência dos vídeos e aumento do número de dispositivos móveis, foi lançado em junho de 2018 uma plataforma de vídeos na direção vertical focada em usuários mobile. Um canal no IGTV pode ser ideal para conteúdos mais longos do que aqueles que são postados nos stories do instagram por exemplo, que seria parte de uma estratégia a longo prazo.
A vantagem dessa plataforma é que apesar de independente, é totalmente integrada a conta do instagram, permitindo compartilhamento através de mensagens diretas, atingindo um público considerável.
A plataforma preparou a monetização desses conteúdos para 2019, fazendo com que esteja ganhando força a cada dia para concorrer com a maior plataforma de vídeos do mundo: o Youtube.
Poucos recursos para sua estratégia? Conheça o marketing de guerrilha na política.
Chatbots - Automatização do contato
A automatização de processos está cada vez mais presente em nossas vidas, os chatbots já são realidade e ganham cada vez mais força.
Trata-se de robôs de respostas que simulam a comunicação natural de um ser humano. É importante não confundir chatbots com respostas automáticas, como em páginas do facebook, pois são ferramentas diferentes.
Os Chatbots utilizam de inteligência artificial baseada em roteiros de mensagens personalizadas para simular a conversa como se fosse um ser humano.
Apesar de ser uma tendência, só indicamos essa ferramenta em casos que o político receba um fluxo de mensagens muito grandes e para um primeiro momento da interação, afinal eles não conseguem responder perguntas mais complexas.
Dicas:
Apesar deste texto ser focado nas tendências das redes sociais para políticos, algumas dicas são de extrema importância e não podem ser ignoradas.
Não ignore os dados.
Toda rede social terá uma ferramenta disponível para monitorar sua atuação digital. Essas ferramentas são capazes de mostrar os melhores horários e dias para postagem, quais as abordagens que geram mais engajamento, acertos e deficiências.
Saber usar esses dados a seu favor dará mais eficácia na interação entre candidato/político e seus possíveis eleitores.
Interaja com seu público
A base das redes sociais é a interação, nesse caso entre político e eleitorado.
Não deixe seu seguidor falando sozinho. Responda, compartilhe, poste as interações que são convenientes e não se esqueça de sempre agradecer pelo feedback.
Só tome cuidado para não se envolver em discussões que possam ser prejudiciais a sua imagem. Uma simples postagem pode gerar uma crise em sua imagem.
Não se esqueça da gestão política
Gerir redes sociais para que sua comunicação tenha eficácia, exige tempo e expertise, por isso quando possível é recomendado que essa responsabilidade fique sob o comando de um profissional de comunicação, seja publicitário, jornalista ou relações públicas.
Sua estratégia não deve ser descolada de outras ações, pelo contrário, é necessário alinhar toda sua gestão para que tenha sucesso em sua carreira política.